Nayara Melo, fundadora da marca Nzinga Brasil, veio ao Casa d'Arte para trocar experiências e saberes com o Grupo Tecer.
Sustentabilidade, moda e artesanato foram alguns dos temas debatidos na tarde da última sexta-feira, 16. O objetivo parecia simples: repassar o conhecimento sobre a fabricação de pulseiras reaproveitando caixas de leite longa vida e retalhos de tecido. Mas, para muito além, vivenciou-se uma verdadeira experiência criativa sobre o fazer e a importância de se estar conectado à arte e à cultura.
O grupo Tecer, que já soma cinco meses em atividade, se reúne três vezes na semana no Casa d'Arte para tecer fios em múltiplas técnicas, além de compartilhar saberes, afetos e sonhos entre si. É um encontro de base comunitária, onde cada um(a) colabora, ensina e aprende de acordo com suas necessidades.
Já fruindo do conhecimento sobre ponto-cruz e crochê, o grupo autônomo pôde ter contato com outra área do fazer pelas mãos: o artesanato com reaproveitamento de material. Começou-se a vivência a partir da fala de Nayara Melo, fundadora da marca NzingaBrasil, que contou um pouco de sua história e de como surgiu a ideia e o formato das pulseiras. A partir disso, experiências foram sendo trocadas em conversa enquanto nas mãos, pouco a pouco, iam surgindo os acessórios. Se alguma tinha dúvida ou dificuldade, logo outra atendia, ocorrendo, desta forma, a troca solidária e inventiva.
No final, Nayara também apresentou ideias criativas para a área de economia sustentável, além de falar mais a respeito sobre a NzingaBrasil e de como a microempresa de confecção de acessórios produzidos de forma artesanal, através de seus produtos e oficinas de criação, abre espaço para diálogos e trocas sobre economia criativa e sustentabilidade há sete anos. Os seus artigos são feitos principalmente em tecidos de algodão, assim como de materiais reaproveitáveis, que por meio de habilidades e conhecimentos empíricos se transformam em peças únicas, cheias de inspiração.
Desta forma, não apenas houve a troca de conhecimento técnico sobre artesanato e moda sustentável, mas também de afeto, sabedoria e experiências sensíveis. O grupo Tecer sai fortalecido e renovado para mais encontros de fruição e vivência criativa.
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