BANCO DE TROCAS SOLIDÁRIAS
O Banco de Trocas Solidárias está em fase de Cadastro
1. O QUE É?
Um sistema de trocas solidárias em que a moeda é o tempo, com os seguintes princípios:
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Troca-se serviço (medido em hora);
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Todos os serviços tem o mesmo valor;
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Todos dão e recebem tempo;
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O Banco media o encontro entre quem procura e quem oferta serviço;
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A principal troca é a solidariedade, cooperação e afetividade.
2. PARA QUÊ?
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Para promover soluções e partilha a partir da troca de serviços (tempo);
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Para promover atitudes de solidariedade e afetividade;
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Para valorizar o tempo na perspectiva de redes de cooperação e das capacidades de cada um
3. COMO FUNCIONA?
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No Banco de Trocas Solidárias os interessados cadastram os serviços que querem/ gostam de realizar e que necessitam; podendo modificar a qualquer hora;
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O CADASTRO é base para uma conta em que se registram os movimentos (débitos e créditos em horas correspondentes aos serviços recebidos e prestados);
4. QUE SERVIÇOS PODEM SER TROCADOS?
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Cada pessoa cadastrada, de acordo com seus saberes, interesses e necessidades, pode trocar o que lhe convém e que contribua para o fortalecimento de redes de cooperação e afetividade;
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Para auxiliar, propomos LISTA INDICATIVA DE SERVIÇOS.
5.COMO AS TROCAS ACONTECEM?
5.1.Troca de serviço medida em hora: Neste banco, o dinheiro é o tempo, medido em hora. Portanto, troca-se tempo por tempo: a unidade de valor e de troca é a hora! Busca-se com isso valorizar os saberes, minimizando a lógica de que para se ter, precisa-se consumir. A pessoa precisa de um serviço, procura-o na Agência, que procura uma outra pessoa que o possa realizar. Serviço realizado, quem o solicitou passa um CHEQUE DE TEMPO. A pessoa que prestou o serviço deposita o cheque, que é creditado na sua conta e poderá obter outros serviços disponibilizados por qualquer outra pessoa cadastrada no Banco.
5.2.Todos os serviços tem o mesmo valor O uso do tempo como medida de valor traz a reflexão sobre seu valor subjetivo. Assim, nenhum serviço é mais ou menos valorizado que outro. Busca-se, com isso, superar o viés que o mercado impôs ao tempo, especialmente o dedicado a produzir, tornando-o fator de discriminação. Nessa perspectiva, independe a situação social e cultural, o sexo, a profissão, a origem e a idade. Assim, espera-se, um efeito pedagógico sobre o tempo de estar com o outro, de se autocuidar e cuidar do outro, de criar, de lazer, de cooperar e trocar, enfim. A exemplo, para o nosso Banco, o tempo do pedreiro tem o mesmo valor do tempo do arquiteto; o tempo do professor tem o mesmo valor do tempo de um cuidador, entre outros.
5.3.Todos dão e recebem tempo Todas as pessoas envolvidas na rede de cooperação assumem o compromisso de dar e receber tempo para promoverem atitude em prol de uma sociedade que compartilha sua energia criativa. Assim, a rede de trocas solidárias potencializa e valoriza os recursos e competências de cada pessoa de forma universal e de modo a minimizar desigualdades.
5.4. A mediação do Banco
As trocas de tempo (serviço) não são diretas, na medida em que o tempo (serviço) prestado por uma pessoa pode ser retribuído por qualquer outra pessoa cadastrada. Assim, quem recebe um serviço no Banco, paga-o com um cheque de tempo. Quem prestou o serviço deposita-o na agência, para receber crédito do tempo correspondente à realização do serviço.Destaque-se que não importa para o Banco que o saldo seja positivo ou negativo. O que se busca é o compromisso das pessoas para manter o equilíbrio em sua conta pessoal: dar e receber tempo.
5.5.A troca é de solidariedade
As pessoas são estimuladas a refletirem sobre o que querem, podem e gostam de fazer e peçam apoio nas tarefas que menos gostam ou tenham habilidade de realizar. Essa postura para com o Banco é para que as pessoas, ao trocarem seu tempo expandam e aprofundem o sentido de bem-estar.
O que se impõe, portanto, é o desafio de combinar solidariedade, criatividade, utilidade e prazer.